A disputa por Jerusalem:
um sinal do fim?
Jerusalem sempre
foi uma cidade muito disputada na antigüidade. Esta cidade
sempre esteve envolvida nos destinos históricos e proféticos
da humanidade. A partir dali o Eterno inicia um processo de
redenção para a humanidade e no futuro, esta será a cidade
onde reinará Ieshua. Sobre Ierushalaim está escrito assim no
Talmude Babilônico: "Dez medidas de beleza foram concedidas
ao mundo; nove foram tomadas por Ierushalaim, e uma pelo
resto do mundo".
Jerusalem( no
passado)
Jerusalem,
a capital de Israel, situa-se entre as colinas da Judéia, a
meio caminho entre o Mar Mediterrâneo e o Jordão. A cidade
de Jerusalem foi conquistada pelo rei Davi aproximadamente
no ano 1004 a C. Naquela ocasião ela era habitada pelos
jebuseus e era reconhecidamente uma cidade inexpugnável!
O Eterno deu à Davi a forma de conquistar esta cidade e
fazer dela a capital da nação de Israel, "Trinta
anos tinha Davi quando começou a reinar, e reinou quarenta
anos. Em Hebrom reinou sete anos e seis meses sobre Judá, e
em Ierushalaim reinou trinta e três anos sobre todo o Israel
e Judá" II Sm 5:4,5. No decorrer de sua história ela
foi várias vezes ameaçada em sua soberania nacional. Após a
divisão do reino, ela continuou a ser o centro religioso
nacional e era ali que se realizavam as celebrações bíblicas
ao Senhor.
Jerusalem passou por dois grandes cativeiros, o Assírio e o
Babilônico em 586 a C., quando o rei Zedequeas rendeu-se
pondo fim aos 400 anos da dinastia de Davi "Ora, no quinto
mês, no sétimo dia do mês, no ano décimo nono de
Nabucodonozor, rei de Babilônia, veio a Ierushalaim
Nebuzaradão, capitão da guarda, servo do rei de Babilônia; e
queimou a casa do Senhor e a casa do rei, como também todas
as casas de Jerusalem; todas as casas de importância, ele as
queimou.
"E todo o exército dos caldeus, que
estava com o capitão da guarda, derrubou os muros em redor
de Jerusalem" II Rs 25:8-10, e em ambas as ocasiões,
quando o povo retorna à cidade, ela precisa ser reconstruída
e restaurada, pois havia sido alvo da destruição por parte
do inimigo! O seu nome significa: "Cidade de Paz". Porém
isso a paz é o que a cidade conhece menos em sua história!
Desde os tempos em que Davi a conquistou ela sempre foi alvo
de guerras e disputas (quer externas ou internas) e o
significado de seu nome é sempre novamente posto em "cheque"
por aqueles que lhe desejam o mal.
Por causa de sua localização estratégica nas rotas
comerciais no passado a cidade teve uma importância
comercial muito grande. Este foi mais um motivo pelo qual os
inimigos cobiçaram-na.
Jerusalem pós-bíblica
Quando o
mundo antigo foi conquistado por Alexandre Magno, Jerusalem
continuou sendo o centro da teocracia judaica, sob domínio
estrangeiro, sujeita à crescente influência helenística, que
levou no final à soberania grega. Quando os governadores
gregos profanaram o Templo, tentando reprimir a prática do
judaísmo, os judeus se revoltaram, liderados pela família
dos Hasmoneus. Quando entraram no Templo encontraram "o
santuário desolado, o altar profanado, as portas
queimadas... restauraram o Lugar Santo... e ascenderam as
lâmpadas do candelabro... de volta a brilhar no interior do
Templo" (I Mc 4).
Com a restauração do reinado judeu na Terra de Israel, a
cidade ingressou num período de crescimento e
desenvolvimento. Os oitenta anos da dinastia dos Hasmoneus
chegaram ao fim quando o país tornou-se uma província romana
em 63 a C. Algumas décadas mais tarde, o rei Herodes,
vassalo de Roma, empenhou-se num ambicioso programa de
construções em Jerusalem, que inclui a reforma do Templo,
transformando-se num dos mais belos edifícios do mundo. Foi
nesta cidade, sob o domínio romano, que Jesus de Nazaré
caminhou juntamente com seus discípulos e morreu na cruz.
Em 66 d.C., os judeus revoltaram-se contra a crescente
opressão dos romanos. Sua luta obstinada contra Roma chegou
desastrosamente ao fim em 70 d.C. o Templo foi queimado até
os alicerces, Jerusalem saqueada e seus habitantes
escravizados e deportados.
Jerusalem sob dominação estrangeira
Após a
destruição de Jerusalem, os romanos ergueram uma nova cidade
- Aelia Capitolina - sobre suas ruínas, na qual os judeus
eram proibidos de entrar. No século IV, a Terra de Israel
fazia parto do Império Bizantino; Jerusalem tornara-se um
cidade cristã, e legiões de peregrinos vinham visitar os
locais relacionados ao advento do cristianismo. Os árabes
muçulmanos, comandados pelo califa Omar, conquistaram
Ierushalaim em 683 e construíram o Domo da Rocha no sítio do
primeiro e segundo Templos. Os judeus tinham novamente
permissão para viver na cidade, administrada durante os
quatro séculos seguintes pelos califas muçulmanos, desde
suas capitais em Damasco, Cairo e Bagdá.
Jurando libertar Jerusalem do Islã, os nobres cruzados e
seus exércitos plebeus partiram da Europa em 1096. A
conquista da cidade foi acompanhada pelo massacre de seus
habitantes judeus e muçulmanos. Durante quase um século,
Jerusalem foi a capital do Reino Latino da Terra Santa.
Saladino, Muçulmano do Curdistão, conquistou Jerusalem em
1187 e permitiu o retorno dos judeus à cidade. Os quase
quatro séculos de domínio muçulmano foram marcados por
negligência: a população da cidade minguou e as muralhas se
arruinaram. Somente no início do domínio turco otomano, no
princípio do século XVI, Ierushalaim recuperou parte de seu
antigo esplendor.
No século XIX, com o enfraquecimento do poder otomano e o
redespertar do interesse europeu pela Terra Santa, o atraso
medieval cedeu diante do progresso ocidental. Ierushalaim
expandiu-se, e por volta de 1840, o número de habitantes
havia aumentado consideravelmente, sendo que mais da metade
eram judeus. No fim da 1ª Guerra Mundial (1917), o general
inglês Allenby aceitou a rendição da cidade por parte do
prefeito de Ierushalaim, finalizando o domínio otomano.
Durante os 30 anos seguintes, a cidade foi a sede
administrativa do mandato britânico. Durante esta época, o
povoado estagnado e abandonado transformou-se em cidade
florescente.
Jerusalem no presente
Na
atualidade a cidade de Jerusalem tem sido palco de inúmeras
disputas entre as três maiores religiões que ali se
instalaram: judaísmo, cristianismo e islamismo! Esta disputa
é feita palmo a palmo, pois as três religiões reivindicam os
locais sagrados de Ierushalaim.
Os judeus dizem ter direito à cidade, pois ela sempre foi a
capital do Estado de Israel, e foi sempre ali que seus
antepassados viveram, foi ali que os profetas entregaram as
palavras ditas pelo Eterno à nação, etc...
Os árabes
dizem ter direito à cidade, pois quando os judeus foram
dispersos pelo mundo no ano 70 d.C., eles então se apossaram
da cidade e do país e reivindicam então sua posse. Os
cristãos da mesma forma, pois durante os períodos de
conquistas, eles passaram por Jerusalem e ali estabeleceram
marcos históricos presentes até a atualidade na cidade! Eles
edificaram igrejas (católicas) e afirmam que a cidade é seu
patrimônio, pois Jesus o Ungido (considerado por eles o
fundador do cristianismo!) viveu, padeceu, morreu e
ressuscitou ali!
A controvérsia está longe de ser decidida e percebemos que
desde sempre existiu uma pressão dos países considerados
como "potências" mundiais para que haja tolerância em
Jerusalem que é tida como "Cidade Universal", reclamada para
tornar-se o catalisador mundial das religiões!
Jerusalem e o renascimento de Israel
Com o
estabelecimento do Estado de Israel em 1948, Jerusalem
tornou-se novamente a capital de um estado judeu soberano.
Desde então, a cidade cosmopolita continuou a desenvolver-se
- capital de um estado democrático; centro de estudo e
pesquisa científica; acolhendo congressos e eventos
culturais; lugar de parques e avenidas, estádios de esportes
e centros comerciais, sinagogas, igrejas e mesquitas. Mas,
acima de tudo, Ierushalaim continua sendo, como nos tempos
antigos, uma cidade de beleza sem par, com o poder de abalar
os mais céticos e de trazer inspiração e paz aos cristãos!
Desde então, os judeus voltam para seu lar nacional e agora
podem novamente contar com um solo só deles!
No ano 70
aconteceu um episódio conhecido como "Diáspora" ou dispersão
e agora dá-se exatamente o contrário: a reunião do povo de
Israel! Porém ao renascer a nação a sua mais importante
cidade não pode ser novamente a sua capital:Jerusalem! Após
o renascimento da nação, sua capital foi instalada na cidade
de Tel Aviv, hoje a cidade mais moderna, cosmopolita, em
Israel. Tel Aviv tornou-se a "capital temporária" do Estado
de Israel, pois havia no coração dos judeus a certeza de que
a capital Eterna de seu Estado voltaria a ser Jerusalem!
A disputa é espiritual
Até o ano
de 1967 a cidade estava dividida entre dois povos: judeus e
árabes! Uma cidade assim não poderia ser governada
plenamente por ninguém. Mas Jesus já havia profetizado que
isso teria um fim: em Lc 21.24 está escrito: "E
cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão
levados cativos; e Jerusalem será pisada pelos gentios, até
que os tempos destes se completem". Esta profecia nos
fala de duas coisas: a diáspora e a complementação do "tempo
dos gentios". Quando Jesus refere-se a "ser pisada por" ele
fala sobre "estar sob domínio de" e Jerusalem até o ano de
1967 esteve sob o domínio também dos árabes. Mas Jesus
também nos informa que o "tempo dos gentios" haveria de
acabar!
Nós hoje sabemos que a "Guerra dos seis dias" travada entre
judeus e árabes fazia parte da profecia de Jesus! Neste
confronto, Israel recupera a posse definitiva de Jerusalem,
que passa a ser então uma cidade una, sob o governo dos
judeus, que fazem dela então a capital única e indivisível
do Estado judeu! Nesta ocasião o Eterno pôs fim aos "tempos
dos gentios" para assim estabelecer um marco profético que
apontaria para o retorno do Senhor Jesus! A disputa por
Jerusalem é puramente espiritual, pois está sendo disputada
hoje por causa de sua importância espiritual, pois quem
governa espiritualmente esta cidade terá o controle
profético dos fatos que determinarão o destino da
humanidade!
Um dos "marcos" fixados em Ierushalaim está no Monte do
Templo! Ali foi erigida uma Mesquita, conhecida como
"Mesquita da Cúpula Dourada". A Mesquita foi construída
justamente onde estava situado o Santo dos Santos! Por isso,
Satanás com este fato "afronta" o Senhor! Concluímos então
nosso relato, esperando que os cristãos possam atender ao
mandado bíblico que diz: "Orai pela paz de Jerusalem;
prosperem aqueles que te amam" Sl 122:6. Hoje tenhamos
consciência da importância de Jerusalem para nós, para o
povo judeu e para a redenção da Noiva e de Israel!