Ellen G. White
tinha preocupações financeiras ligadas aos seus livros?
Ganhar dinheiro com os livros
Ellen e Tiago White conversavam sobre
estes assuntos e sua correspondência o mostra. Em 1880
Tiago escreveu a Ellen: "Mas entretanto devo rogar que
separemos tempo para tirar certos livros. Estamos melhor
preparados para fazer isso do que certas pessoas que
ambicionam inundar o mercado com seus livros... Prefiro
não receber nada do Sanatório de Battle Creek e do
Colégio, e para ter meios, e fazer nossa parte (...)
deveríamos receber literalmente de nossos livros. Com a
crescente demanda de nossos escritos, e o quadro que se
apresenta com New Life, haverá uma entrada de vários
milhares de dólares anualmente, além da imensa
quantidade de bem que eles farão." (De JW para EGW, 17
de Abril de 1880)
Riqueza nas "penas"
No ano em que Tiago White morreu (1881)
ele escreveu sobre esse assunto de novo a Ellen G.
White: "... Temos que tirar certos livros. Não os
terminaremos nem na Califórnia nem em Batttle Creek, a
menos que nos mantenhamos afastados do escritório e seus
negócios (...) Nossos assuntos financeiros estão bem e
todavia há riqueza em nossas penas. Desta maneira,
podemos deixar algo que que possa falar quando nós já
tivermos ido. (De James White para Ellen G. White, 18 de
Febrero de 1881)
Ellen G. White ganhava bem
As coisas pareciam bem encaminhadas e
perto do fim do século XIX, Ellen G. White recebia entre
oito e doze mil dólares por ano de direitos autorais.
Quando se considera o valor do dólar na época e o que
ele representava para um obreiro, percebe-se que com
razão alguns dizem que ela era muito rica. Porém,
deve-se ressaltar que ela direcionava parte de seu
dinheiro para ajudar diversas pessoas e estudantes. Com
base em valores atuais numa comparação direta com os
valores de cem anos atrás, esse valor seria em torno de
20 a 30 vezes maior.
A Review decide mudar
Por volta de 1898, a editora Review and
Herald decidiu deixar de pagar algumas regalias. Para os
editores da Review, algumas mudanças deviam ser feitas e
eles aprovaram as seguintes resoluções: "Que os
manuscritos preparados fora da editora, às expensas do
autor, sejam comprados antes que os mesmo sejam
publicados. Que não se façam investimentos adicionais na
publicação a menos que se possa obter o pleno controle
das placas de impressão." (The Time, The Need, The
Message, p. 75)
Ellen White não aceita redução em seus
ganhos
Ellen G. White não gostou e disse que não
se submeteria a nenhum arranjo como este e ameaçou ela
mesma publicar seus livros: "Então, se meus irmãos não
despertam para esta situação, eu
mesma me encarregarei de meus livros sem
demora, e o Senhor preparará o caminho diante de mim."
(Special Instruction Regarding Royalties, p. 7) Ela deu
ainda um conselho muito peculiar aos outros autores:
"Desejo dizer aos autores que eu não vejo que eles
estejam em liberdade para presentear ou vender seus
direitos dos livros que escreveram." (idem, p. 11)
Ellen White reclama dos prejuízos que
sofreu
No mesmo documento ela conta dos
prejuízos que sofreu pelos mecanismos internos das
editoras: "Ninguém pode ter sido mais prejudicado
financeiramente do que eu quando "O Grande Conflito"
ficou mais de dois anos (parado) na editora. Não
se fez um trabalho justo em relação a este assunto.
Foi dada preferência ao livro "Bible Readings" no lugar
do "Grande Conflito", que já havia sido impresso e que
deveria ser posto nas mãos dos colportores primeiro
(...) Esta
foi uma transação desonesta para comigo, e esta
transação foi (também) uma infiel mordomia para com
Deus."(p. 9) O livro Bible Readings era diretamente
sobre estudos da Palavra de Deus e obteve muito sucesso
com vendas de mais de dez mil exemplares no período.
Ellen White reclama da redução do
preço dos livros
Numa outra ocasião ela mostrou
preocupação pela redução do preço dos seus escritos: "Não
foi o plano mais sábio reduzir tanto o preço desses
livros, e ter em cada igreja somente uma coleção
deles. Devem figurar na biblioteca de cada família, e
ser lidos e relidos. Coloquem-se onde possam ser lidos
por muitas pessoas." (Testemunhos Seletos - Volume 2,
Página 291)
Preocupação pelo livro do filho
Ela demonstrou uma preocupação especial
pela divulgação de um livro de outro autor. Era
o livro escrito pelo filho dela que se chamava "Gospel
Primer" e
na mesma época ele disputava espaço na editora com o
livro "His Glorious Appearing". Ela disse: "A maneira
como se manejou 'Gospel Primer' foi injusta. Outro
livro, 'His Glorious Appearing,' foi promovido para
matar as vendas do "Primer". A maneira como ‘Gospel
Primer’ foi manejado deixou um registro nos livros do
céu com os quais os envolvidos não agradará se deparar
no juízo." (E. S. Ballenger en "The Centennial
Supplement," pp. 66-68)
Testamento beneficiando filhos e netos
Embora seus escritos fossem frutos de
'inspiração', Ellen
G. White recebeu em vida (além
do salário da organização – o que é correto, pois ela
trabalhava para a organização), direitos
autorais de seus livros "inspirados". E também deixou um
testamento benefíciando filhos e netos com
o produto da comercialização dos seus livros.
(www.whitestate.org)
Fica a pergunta:
A atitude de Ellen G. White é
completamente normal ou se esperava algo diferente para
uma escritora que seria inspirada por Deus?
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